Azul é a cor mais quente

O título é provocativo, mas a discussão não é essa. 🙂

Durante as aulas recentes de Física II (Edifícios e Materiais) eu citei um texto que havia lido sobre o fato de que o olho humano, em permanente evolução, assim como tudo que é vivo*, parece conseguir enxergar a cor azul há pouco tempo (relativamente à história da humanidade). Não aprofundei a leitura nem investiguei o tema**, mas considero plausível dado o que já estudei sobre o funcionamento do olho humano, sobre cores, ondas eletromagnéticas, etc.

O texto é esse: http://www.businessinsider.com/what-is-blue-and-how-do-we-see-color-2015-2

* Entender a evolução humana também é necessário para falar sobre isso;

** Provavelmente durante o recesso em julho farei uma revisão bibliográfica do assunto.

É isso.

Divulgação de artigo

Acaba de ser publicado um artigo meu, em colaboração com o prof. João Zanetic, no Caderno Brasileiro de Ensino de Física. Para quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre física e ensino de física, recomendo a leitura.

O ensino de Física na sociedade do espetáculo: uma análise da implementação e do conteúdo em propostas curriculares

Renato Marcon Pugliese, João Zanetic

Resumo

O presente texto retrata uma análise da implementação e do conteúdo didático de física de duas novas “propostas curriculares” para o Ensino Médio que adentraram a rede estadual de educação básica do estado de São Paulo entre os anos de 2007 e 2010. Da parte do Governo do Estado de São Paulo tivemos a proposta curricular “São Paulo faz escola” e da parte do Governo Federal tivemos a distribuição dos livros didáticos de física do PNLEM 2007. A análise foi construída sob a ótica sociológica do pensador francês Guy Debord a partir do conceito de Sociedade do Espetáculo e sob a ótica político-pedagógica do educador Paulo Freire. Este texto pontua as principais ideias e os principais resultados obtidos contidos na dissertação de mestrado defendida em 2011 pelo autor principal. Desta pesquisa foi concluído que parte da implementação e parte do conteúdo didático de física presente nessas novas propostas curriculares segue a lógica do espetáculo, pela qual conteúdos e ações são divulgados como dialógicos, mas concretizados de maneira autoritária.

Artigo completo: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2014v32n1p32

Eduardo Galeano, a literatura e o futebol.

Morreu hoje, aos 74 anos, o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano que, para além de ativista pela autonomia e liberdade dos homens, especialmente dos latino-americanos, era apaixonado pelo futebol. Segue um trecho de um de seus livros:

“(…) Também para os nazistas, o futebol era uma questão de estado. Um monumento lembra, na Ucrânia, os jogadores do Dínamo de Kiev de 1942. Em plena ocupação alemã, eles cometeram a loucura de derrotar uma seleção de Hitler no estádio local. Tinham sido avisados: Se ganharem, morrem.
Entraram resignados a perder, tremendo de medo e de fome, mas não puderam agüentar a vontade de ser
dignos. Os onze foram fuzilados vestidos com as camisas, no alto de um barranco, quando terminou a partida.”

(Eduardo Galeano, A bola como bandeira. Texto do livro: O futebol ao sol e à sombra)